CONSTRUINDO UM MUNDO MELHOR - É POSSÍVEL?

15/10/2014 01:23

Será possível acabar com a pobreza e o trabalho escravo, de uma região, inicialmente   com um capital inicial de U$27,00, sendo este usado como empréstimo para 41 aldeões em Bangladesh?

Talvez racionalize: impossível! E como obter esse montante de volta? Como poder confiar nas pessoas? Além disso, e o resto das pessoas vivendo em pobreza ao redor do Mundo? Sem falar nos outros problemas como doenças, epidemias, poluição, degradação do ecossistemas...Melhor para por aqui.

Realmente problemas não nos faltam. Mas abandonando a posição de vítimas, é preciso compreender que conscientes ou não, direta ou indiretamente somos responsáveis por tais problemas. E a questão é em não reclamar mas em como lidarmos com eles e depressa.

Eis um paradigma. O bom é que está sendo  mudado e um vislumbre de um novo mundo aponta num horizonte ainda turbulento e suscetível a muitas mudanças significativas. O ruim é que ainda são poucos os líderes para tal mudança.

India, final da década de 1970....O que faltava?

Para mudar qualquer sistema é necessário pensar diferente, fazer diferente. É preciso vontade, como disse Frank Wakeley Gunsaulus. “Onde há uma vontade há um caminho” ( 1856-1921 / pregador, educador, pastor, autor e humanista)

Surge um professor de Harvard, Muhammad Yunus, na verdade um grande mestre para muitos líderes e governantes atuais. Criou o Banco Grameen e o conceito de microcrédito – fornecendo  pequenos empréstimos aos pobres, principalmente mulheres, possibilitando que iniciassem negócios próprios, e não mais dependendo de agiotas nem continuando na miséria e num sistema de trabalho quase que escravo.

 A idéia do microcrédito se desencadeou por diversos países e está favorecendo milhões de famílias em todo o mundo. Mas para  o "banqueiro dos pobres" como ficou conhecido, não era suficiente pois acreditava que se podia fazer muito mais e queria provar que é possível acabar com a pobreza no mundo

Mais uma grande idéia surge para abalar o sistema capitalista e elitista: a empresa social.

A empresa social obtém rendimentos com seus produtos e serviços, mas não paga dividendos aos acionistas e não visa o maior lucro possível, como fazem as empresas hoje em sua maioria.  Eis o conceito da sustentabilidade fluindo de valores como altruísmo e cooperação coletiva. Seus produtos e serviços  beneficiem a população, combatendo problemas sociais como a pobreza e a poluição ou melhorando o sistema de saúde e a educação.

Nosso planeta é de uma riqueza em recursos imensa e que ainda resiste aos maus tratos e usos descomedidos da ambição e ganância humana. Infeliz história que se repete era após era, década após década.

Experimentamos vários sistemas econômicos e sociais. Mais recentemente o socialismo e o capitalismo, que embora cada um tenha o se mérito e benefício, individualmente não suprem as necessidades da humanidade. Podem até beneficiar algumas classes, pelo menos por algum período. Mas lembrando da lei irrefutável de causa e efeito, ação e reação, pode-se concluir que nem socialismo, nem capitalismo, per si, trazem o equilíbrio econômico e social.

É evidente a necessidade de mudança e reorganização sócio-econômico-política, assim como reavaliar nossos valores e princípios.

Assim como impérios e muros caíram, paradigmas e preconceitos estão por cair. Portões se abrem para sentirmos o gosto da liberdade, não a liberdade de se apoderar, monopolizar ou manipular pessoas, mas a Liberdade do Conhecimento que nos move pelas vias da sustentabilidade, igualdade, prosperidade e paz.

Há 20 anos caiu o muro de Berlin, assim como um movimento separatista, degenerativo e susurpador. Em comemoração do 20.º aniversário da queda do muro de Berlim estiveram  presentes a chanceler alemã, Angela Merkel, além de dos chefes de Estado e do Governo da União Europeia (UE), dos Estados Unidos e da Rússia,  o ex-líder soviético Mikhail Gorbachev e o Prêmio Nobel da Paz Muhammad Yunus.

Em evento batizado como "Festa da Liberdade", um ato simbólico com a derrubada de um dominó gigante que, ao longo de 1,5 quilômetro, acompanhou o antigo traçado do muro entre o Reichstag (sede do Parlamento alemão) e a Potsdamer Platz , além do show da banda U2.

Além de uma grande banda de rock na roll, U2, liderada pelo vocalista Bono Vox, também realiza projetos ativistas, realizando encontros com líderes mundiais, sendo levado a sério por eles (vide DVD Bono God´s favourite son / revista Digital Showtime).

A música transcende e é universal. Sua mensagem pode ser implacável, transformadora, construtiva, arrebatadora. Pode unir povos, raças, credos, ideologias, pessoas. Quantos hinos foram compostos para incentivar povos contra outros povos. Chega de batalhas e guerras! Chega de dominar para lucro de uns e prejuízo de outros.

Quem pode se levantar e dizer que é o dono de um pedaço de terra ou país, se não é capaz de garantir ao seu próprio povo o mínimo necessário de alimento, água, educação, moradia, saúde e prosperidade. São donos de quem?  Quem faz a planta germinar e dar frutos? Quem faz a água brotar das pedras e correr pelos rios até os mares? Quem faz o Sol se levantar todos os dias e se por todas as noites?

Qual é a sua canção? Qual a mensagem que dela ecoa? É chegada a hora de contarmos juntos a mesma canção, canções de vida, canções de amor, canções de união e paz.

“Tudo o que é necessário para que o mal triunfe é que os homens bons não façam nada” (Edmund Burke – 1729- 1797 filósofo e político anglo-irlandês)

Por Ricardo Keller

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